domingo, 27 de outubro de 2013

O meu nome em Libras - Vítor 9 anos - Grupo Mariane, Lucas e Tiago


O ensino de LIBRAS ea inclusão no Colégio Estadual José de Alencar

A inclusão de alunos com deficiência sempre gera polêmica. A escola por mais boa vontade que tenha, ainda não tem preparo adequado para atender as necessidades do aluno especial, principalmente no que se refere a acessibilidade.

Como o Colégio José de Alencar tem tradição na formação de professores através do Curso Normal, temos uma preocupação constante com esta preparação e conscientização das normalistas no que diz respeito à inclusão.

No próprio curso normal temos alunos deficientes físicos, que são muito bem aceitos  pelos colegas e pelos alunos do ensino fundamental 1 quando exercem atividades de monitoria e recreação.

Nota-se claramente, que esta geração é bem evoluída e sabe respeitar bem mais as diferenças se comparada a gerações anteriores.

A frustração que temos, é em relação a falta de recursos, não temos uma psicóloga, uma psicopedagoga, uma sala de recursos adequados a inclusão. O sistema trata a inclusão apenas como “ estar parte” , ou seja , o aluno está incluso na escola, é parte do processo como os demais. Acredito que o ideal seja “fazer parte”, participar mesmo com limitações através de adaptações do espaço físico e de atividades diferenciadas e recursos próprios.

A LIBRAS é trabalhada desde a educação infantil, onde os alunos aprendem o alfabeto em Libras  a dizer seu nome e algumas palavras do cotidiano, o que segue durante as séries iniciais.

O curso Normal também trabalha libras através de projetos, no trimestre passado, fizeram um mural com o alfabeto LIBRAS com as mãos recostadas em EVA, que ficou exposto para toda a escola.

A professora do 4º ano trabalhou uma música referente à amizade verdadeira em libras.

São todas ações pequenas, que somadas, conscientizam os alunos da importância da inclusão e da comunicação com deficientes auditivos. Um relato comum dos professores é que os alunos adoram aprender LIBRAS, acham divertido se comunicar com o coleguinha que não fala desta forma. Os aproxima, e alguns alunos até dizem que o colega é muito inteligente, porque é difícil aprender a linguagem dos sinais.

Sabemos que a realidade educacional ainda está muito aquém do ideal, no entando, como educadores não desistimos de qualificar o processo de inclusão. É uma batalha quase que solitária na realidade, pois muito se fala, muitas leis se criam, mas o que efetivamente se torna realidade são as nossas ações em sala de aula. É no dia-a-dia da escola que as determinações impostas, se tornam realidade, sempre da melhor maneira possível.

 Entrevista realizada com a professora Iracema Moraes Teixeira – Diretora do Colégio Estadual José de Alencar – São Francisco de Paula

Grupo:  Lucas Reis - Mariane Soares - Tiago Faistauer

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO EM SÃO FRANCISCO DE PAULA



A inclusão de crianças com deficiência auditiva é uma polêmica antiga na Educação brasileira. Mas, devido à legislação vigente estes não devem estar segregados em escola especiais e precisam estudar desde cedo em unidades escolares comuns com a ajuda de um interprete que traduza as aulas para LIBRAS com o contra turno para atividades específicas para surdos.
Conforme a professora Andrea Andriola Valim, Coordenadora da Educação Especial no município, não temos alunos surdos na rede neste momento. Já tivemos, porém sem interpretes de Libras, bem como profissional especializado nesta área. Temos uma aluna jovem surda que freqüenta espaços na APAE.
As crianças que apresentam esta necessidade se dirigem para os municípios de Caxias do Sul e Canela onde encontram Escolas especializadas que lhe dêem este atendimento.
Ainda conhecemos pessoas que fizeram a primeira etapa do curso de Libras, mas não são professoras que se especializaram nesta área.
Devido a estas colocações o que se observa no município é a falta ainda de espaço adequado, com profissionais preparados para que possam atender aos alunos e desenvolver seus potenciais.
Referencias:
Entrevista com a professora Andrea Andriolla Valim - Coordenadora da Educação Especial em São Francisco de Paula.
RODRIGUES, Cintia. Falar com as Mãos. Nova Escola, ano XXIV, numero 221, abril de 2009.
Grupo: Andrea, Carmen, Eduardo e Paulo

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS NA REDE REGULAR DE ENSINO




                                      Escola Severino Travi, Canela.


Conforme entrevista com a direção da instituição, constatamos que a Lei Federal de Inclusão está muito distante de ser efetivada na prática. Porém, a escola dentro de suas possibilidades, proporciona um ensino de qualidade e de valorização dos alunos, respeitando as diferenças e semelhanças de cada um.
Uma parte do material pedagógico é enviado pelo Governo  Federal e outra parte é adquirido através de parcerias e de verbas da própria escola.
A APASC- Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Canela- é um importante aliado na inclusão dos alunos, pois apoia financeiramente o Teatro e a Banda Escolar; além de promover cursos e palestras para professores , pais e comunidade em geral.
A Escola trabalha com alunos surdos desde 2007, porém apenas em 2012 a Prefeitura Municipal de Canela abriu Concurso Público para professores intérpretes e instrutores em Libras. Isso incentivou e melhorou o atendimento pedagógico aos alunos.
A escola passou por adaptações físicas para o atendimento de alunos surdos:
*sinais nas portas de todas as salas, refeitórios, bibliotecas, banheiros,etc, indicam aos alunos a linguagem de sinais.
* a merendeira recebe instruções para atender aos alunos na hora da merenda , bem como os demais professores que desconhecem os sinais básicos da língua de libras, viando melhorar o envolvimento dos alunos, professores e funcionários nas atividades propostas.
* para a troca de períodos (aulas), existe um sinal visual em cada sala, uma lâmpada que acende quando está no horário da troca de professores, intervalos, entrada ou saída da escola.

A inclusão de surdos requer uma proposta de mudanças de paradigmas educacionais, para que todos tenham o direito ao acesso a uma educação de qualidade, mas também requer uma mudança na maneira de pensar e agir de todos envolvidos.

Interessante assistir: A MOCHILA DOS SEGREDOS- (youtube)


Grupo: Máira, Rose e Rafael.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Escola Municipal Severino Travi, em Canela- Exemplo de Inclusão de Surdos.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Severino Travi, da cidade de Canela, atende alunos da rede regular e de inclusão, totalizando 572 alunos.

A inclusão de alunos com deficiência auditiva no ensino regular é um assunto que divide opiniões, pois muitos defendem a matrícula desses alunos em escolas exclusivamente especializadas até o final do Ensino Fundamental - para que sejam plenamente alfabetizados em Libras e em Língua Portuguesa -, outros afirmam que esses alunos devem estar matriculados em turmas de escolas regulares, junto dos ouvintes. 


Na Escola Severino Travi desde 2007 ocorre a inclusão dos alunos surdos e /ou com deficiência auditiva em salas regulares de ensino. 

 Sabemos que os professores não possuem formação adequada nos cursos de licenciaturas, por isso o mais importante é a “vontade” de aprender e de vivenciar a experiência com surdos, pois há uma constante troca de saberes e linguagens entre as partes.

O grupo de alunos integra e auxilia os alunos surdos, aprendem os sinais e tornam-se multiplicadores da linguagem de libras, o que é extremamente importante para a socialização dos alunos.


O Decreto Federal nº 5626, de 22 de dezembro de 2005, estabelece que alunos com deficiência auditiva tenham o direito a uma educação bilíngue nas classes regulares. 
Em geral, os alunos aprendem a língua de sinais quando chegam à escola, com um professor instrutor de libra (professor surdo) que ensina aos alunos a arte de comunicar-se pelos sinais. 
Na sala de aula, os alunos têm o acompanhamento de um intérprete de libras, que auxilia os alunos a acompanharem as explicações de cada disciplina, facilitando as aprendizagens e a aquisição de saberes nas respectivas séries.  



Há muito tempo, se fala em inclusão de crianças com deficiência nas escolas. Cenas como a da foto ao lado, porém, continuam sendo raras. 

Trata-se de um grupo de teatro escolar que mistura alunos deficientes auditivos com ouvintes. 

Na EM Severino Travi, em Canela, as atividades de Arte integram normalmente os surdos. A trupe teatral já participou de vários festivais, ganhou prêmios e sempre é muito aplaudida. Além disso, a garotada tem uma fanfarra - e todos concordam que o contato com as diferentes expressões artísticas ajuda a turma também nas outras disciplinas, sem falar na integração entre os alunos. 

A Severino Travi, no entanto, ainda é exceção no assunto inclusão de alunos.  


Referências:
Entrevista com a direção da Escola Severino Travi.
Texto Publicado em NOVA ESCOLA Edição 238, DEZEMBRO 2010. Título original: A arte de incluir.

GRUPO: Máira, Rafael e Rosmarie.