quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A Importância da tecnologia e das mídias na Aprendizagem de Geometria Analítica.




Sabemos que a abordagem de Geometria Analítica, na licenciatura, se constitui na construção da base conceitual dos conteúdos desta disciplina, porém  para muitos licenciandos esses conteúdos são "difíceis" pois  não tiveram a oportunidade de “estudar” esses conceitos no ensino médio e, portanto, compete à universidade suprir esta deficiência.

A Geometria Analítica nos remete a muitas questões:

"Para que serve?"
"Por que precisamos estudar isso?"
"Nunca vou precisar usar isso na vida."

A resposta para essas indagações seriam simples, se percebêssemos desde o Ensino Fundamental a relação entre a Geometria e a Álgebra ( figuras e equações).

O campo da Geometria Analítica é vasto e continua sendo muito importante para diversas áreas: Artes, Música, Astronomia, Geologia, Matemática, Física,....
Um exemplo prático e atual da aplicação de conceitos da geometria analítica é o GPS, que já foi visto em nossos estudos semanais.

 Além disso, filmes educativos , vídeos aulas e softwares, como o Geometricks ou Cabri Géomètre, favorecem a interatividade do aluno, e conseqüentemente podem ser utilizados na aula de Geometria em qualquer nível de ensino, pois permitem ao usuário explorar vários conceitos Geométricos, entre eles: a abordagem de diversos assuntos relacionados à Geometria Euclidiana e noções de Geometria Analítica plana, como:
  •  distância entre pontos;
  •  distância entre ponto e reta; 
  • representação de retas;
  •  noções de retas paralelas, concorrentes e ortogonais;
  •  traçado de lugares geométricos como parábola, hipérbole e elipse;
  •  representação de circunferências;
  •  construção de fractais;


Segue uma vídeo aula, como exemplo de material didático que pode auxiliar na aprendizagem do aluno, quando utilizado de forma lúdica e significativa.






É possível fazer uso das tecnologias midiáticas nas práticas pedagógicas como um meio de favorecer a construção do conhecimento matemático pelos alunos. 





Fontes Bibliográficas:
Instituto Politécnico Nacional- Produtora Herendira Garcia

Grupo: Máira, Rafael , Samanta e  Rosmarie.


domingo, 24 de novembro de 2013

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL MONSENHOR ARMANDO TEIXEIRA-1957




PERÍODO NACIONAL DESENVOLVIMENTISMO (1946-1964)
 


Esta Escola foi criada pelo decreto nº 7640 de 07/02/1957 e denominada primeiramente Grupo Escolar Monsenhor Armando Teixeira pelo decreto estadual nº 8773 de 20/02/1958. Recebeu este nome para homenagear Armando Teixeira, padre secular nascido em São Francisco de Paula. São Francisco de Paula, a cidade onde a Escola foi fundada, recebeu este nome porque Capitão Pedro da Silva Chaves, que doou as terras para a Igreja era devoto deste Santo.
Conforme Piletti e Piletti (1997) neste período permitiram certo desenvolvimento dos movimentos populares, apesar de ser uma democracia bastante limitada. No campo educacional o ensino técnico profissional conseguiu sua equivalência legal ao ensino secundário, a LDB de 1961 teve uma discussão de 13 anos no Congresso e não foi imposta pelo Executivo com as idéias de luta pelo acesso a escola pública e gratuita, alfabetização de adultos, destacando-se Paulo Freire.
Já em São Francisco de Paula, as atividades do Grupo Escolar Monsenhor Armando Teixeira, com vistas à educação, iniciaram em 18 de maio de 1957, com 93 alunos e um corpo docente de três professoras: a diretora Guacyra Andrade e as professoras Bernildes Fonseca e Carmen Regina Asmuz.
Neste período o prédio era de madeira estilo casa e só em 1971 ele sofreu uma reforma parcial para ampliação das salas. Já, em 1989 foi demolida parcialmente a Escola de madeira para iniciação da construção do prédio de alvenaria que é o atual. A formação de professores não se dava no município, mas as meninas ficavam em colégios internos para estudar, vindo em casa somente nos finais de semana. A cidade de Novo Hamburgo era o principal destino para formação de professores.
Em conversa informal com duas pessoas que estudaram neste período pode-se constatar as seguintes experiências como estudantes:
Zeli da Silva Santos: “Morávamos em uma propriedade rural e fui alfabetizada em casa pela minha mãe Alexandrina Lopes da Silva. Entrei na Escola em 1959 aos 11 anos já na 3ª série, através de uma prova, com a professora Ceni Gallio Reis. Essa professora morava na casa de um vizinho e era paga pelos pais dos alunos. A classe era multisseriada, funcionava à tarde e ficávamos das 13h às 17 h. Eu e minha irmã levávamos trinta minutos de nossa propriedade até a propriedade do vizinho e a sala de aula era no sótão do Galpão de manejo de animais. A professora usava o quadro negro onde passava as tarefas e usava a cartilha ‘O Pedrinho’”.
Leo Asmuz dos Santos: “Morávamos na cidade de São Francisco de Paula e, em 1951 aos 7 anos entrei no Grupo Escolar José de Alencar onde cursei do 1º ao 5º ano. Fui alfabetizado pela professora Dinorá Lucena. Fiz exame de admissão para a 1ª série Ginasial no Ginásio das Freiras (até o 4º ano). Estudei sempre perto da minha casa. Aos 16 anos fui morar em POA para fazer o Técnico em Administração onde fiquei por 6 meses. A média de alunos neste tempo era de 30 e as professoras passavam as linhas gerais da matéria e durante a semana iam aprofundando. Fazíamos exames escritos e orais. Estudei sempre no período da manhã das 7h45min às 12h.

Referencias
Acervo histórico da Biblioteca Liberato Salzano Vieira da Cunha- EEEFMonsenhor Armando Teixeira.
Relato oral de pessoas que foram estudantes neste período na zona rural e urbana de São Francisco de Paula.
Piletti, Claudino; Piletti, Nelson. História da Educação. 7ed. São Paulo: Ática, 1997, p 186-197.

Grupo: Andrea, Carmen, Eduardo e Paulo

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Colégio Estadual José de Alencar

COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ALENCAR

Estabelecido na Rua Assis Brasil, 842 em São Francisco de Paula - RS. – CEP 95400-000
Decreto de Criação da Escola: N° 2333 de 22/03/1918
Decreto de Criação do 1° Grau: N° 3885 de 01/04/1953 D.O.01/04/1953
Decreto de Criação do 2° Ciclo: N° 13220 de 23/02/1962 D.O. 24/02/1962
Portaria de Autor. de Func. do Supletivo: N° 28579 de 10/11/1976 D.O. 10/04/1977
Decr. de Reorganização e Unificação: N° 28211 de 05/02/1979 D.O. 145 de 05/02/1979
Portaria de Reconhecimento N° 29874 SEC de 01/07/1980 D.O. 07/07/1980
Portaria de Alteração de Designação Ato/SE 00151 de 29/05/2000 D.O. 31/05/2000
Identificação do Estabelecimento 13530

Conhecida como " Escola Normal" , em virtude das normalistas, o apelido vem da época do internato feminino, quando era uma escola de freiras.  Atualmente a escola conta com 1050 alunos, distribuídos na Educação Infantil,  Ensino Fundamental, Médio , Médio Politécnico, Curso Normal e EJA. Funciona nos turnos da manhã, tarde e noite, com um quadro de professores e funcionários de 67 pessoas. O passivo de alunos chega a 50 mil e de professores e funcionários a 500. 

Este ano o Colégio Estadual José de Alencar comemora seus 95 anos de funcionamento.
Foto: Formatura do Curso Normal na década 1963


Formatura do Curso Normal em 1967

Time de Futsal no JERGS - 2009

Alunas do Curso Normal  2013

Gincana Farroupilha 2009


Fotos: Arquivos de divulgação do CEJA

Grupo: Lucas, Mariane e Tiago

domingo, 10 de novembro de 2013


GRUPO ESCOLAR JOÃO BENETTI SOBRINHO- GRAMADO/ RS      (Parte 2)

A Escola ainda em funcionamento, porém com a designação Escola Estadual de Ensino Fundamental João Benetti Sobrinho, sempre esteve ativa durante todos esses anos. Muitas pessoas passaram por esta escola, inclusive familiares.
Para termos mais detalhes de como eram as aulas no período de 1954, realizamos uma entrevista com uma moradora da comunidade que estudou no Grupo Escolar no período de 1957 a 1959.
Entrevista com Suely Benetti, que estudou no Grupo Escolar ( 1957 a 1959)


Transcrição de algumas perguntas feitas durante a Entrevista.

Pergunta: A escola ficava longe de sua casa? Como era o trajeto até a escola?

Suely Benetti: " Sim, a escola ficava a mais ou menos 2 Km de casa, precisávamos ir à pé, pois não tinha condução e íamos em grupos, passando na casa de cada colega, pois todos se conheciam e íamos juntos, pois saíamos muito cedo de casa, mais ou menos 6h da manhã, para chegar na escola às 7h 30min.
As estradas eram de chão batido, mas nós costumávamos ir pelos atalhos, pois encurtava o caminho. Não tinha uniforme, por isso nós íamos de chinelinho e mesmo com chuva, não tínhamos roupa adequada, por isso muitas vezes chegávamos sujos e molhados na escola."

Pergunta: E como eram os professores e aprendizagem escolar?

Suely Benetti: "A escola era um lugar bom, todos queriam ir para a escola aprender a ler e a escrever. Porém muitos poucos conseguiam chegar até no último ano, pois na minha época era preciso ajudar os pais na roça. Então quando a gente aprendia o suficiente para se defender:" ler, escrever e calcular", já não precisava mais ir. Ficávamos em casa para trabalhar. Só os filhos dos mais bem de vida é que estudavam, pois tinham empregados na roça e a mão-de-obra dos filhos pequenos não era necessária.
Os professores eram severos, falavam uma vez só. Não tinha muito diálogo, pois eles só ensinavam e nós aprendíamos. Eles eram autoridade na comunidade, pois eles tinham o conhecimento e não nos cabia o direito de perguntar ou argumentar. A gente só obedecia."

Pergunta: Você lembra de momentos marcantes da época escolar?

Suely Benetti: "Eu só estudei até o 2º ano, depois tive que ajudar meus pais. Mas lembro que tínhamos que estudar e fazer uma prova de um livro inteiro, que eram os conteúdos da série. Quem passava ia para a série seguinte, se não, rodava e precisava repetir tudo de novo. Ás vezes a gente nem sabia porque estava repetindo, mas o professor dizia que precisava.......
Tive um professor que dava castigos para os alunos que não aprendiam: físicos e morais. A gente tinha mais medo do que respeito por ele.
Naquela época o estudo não era valorizado, o que contava era quanto se produzia na agricultura. Ninguém pedia até que série o filho tinha estudado, mas quanto o filho colhia de frutas ou arava durante o dia. A produção de mão de obra no trabalho era mais importante do que o conhecimento escolar. Graças a Deus isso hoje mudou."

Vista  Atual do Prédio  Escolar, construído em 1955. (parcial)

Grupo: Rosmarie, Máira, Rafael
Parte 2: Entrevista com Suely Benetti




Grupo Escolar João Benetti Sobrinho- Gramado-RS.

              ESCOLA ESTADUAL JOÃO BENETTI SOBRINHO- GRAMADO-RS       (Parte 1)


Placa de Inauguração- Exposta no Prédio.

A Escola João Benetti Sobrinho fica localizada na zona rural do município de Gramado, e iniciou suas atividades em 1953, e 
fundada oficialmente em 1954, com o nome de Grupo Escolar João Benetti Sobrinho.
A escola recebeu este nome, em homenagem ao  doador da área de terras destinada a construção da instituição escolar, um total de 3 hectares de terra produtiva.



Prédio Construído em 1953.



O prédio foi construído em madeira, em um único piso, com uma estrutura  de  3 salas de aula, secretaria e uma sala de merenda. 
Não havia sala de professores, biblioteca escolar e  nem refeitório. 
Haviam três banheiros:  um masculino, um feminino e um dos professores. Eles ficavam localizados em um anexo do prédio, como mostra a imagem, que atualmente serve como um depósito de ferramentas agrícolas.

Anexo: Depósito de Ferramentas,antigos banheiros.










A Escola atuava como Escola Pólo, pois atendia alunos de todas as localidades da redondeza, de forma multisseriada, ou seja, alunos de séries diferentes estudavam na mesma sala de aula, sendo atendidas por um único professor. 

Registro do Livro Ponto dos Professores (1955)

Os professores vinham do centro de Gramado ou de outras localidades, e devido a distância, moravam na casa de famílias locais durante o período de aulas.
Os professores eram formados pela Escola Normal, e como o Grupo escolar era Estadual, tinham vínculo com a rede Estadual de Ensino.
No ano de 1955, o Grupo Escolar possuia dois professores que atendiam alunos do 1º ano ao 4º ano, divididos em dois grandes grupos com apenas dois professores.


Livro Ponto da escola.

Esta época em que o Prédio da Escola foi construído foi um período governamental de incremento da produção industrial no país, da urbanização e, conseqüentemente, da expansão da escolarização. 
O acesso a educação era para todos, porém a permanência na escola era para alguns, pois muitos alunos não completavam seus estudos pois precisavam trabalhar e ajudar no sustento da casa e da família.

Registro de Chamada dos Alunos.



 Os registros encontrados na Escola, datados da época do início do Grupo Escolar, são manuscritos. e todas as informações, como Históricos Escolares, Livro Ponto, Livro de Frequência dos Alunos, Livro de Doações, de Visitas, todos são escritos em letra cursiva, com caligrafia legível e com um traçado desenhado, demonstrando  a formação profissional dos professores.


 Grupo: Máira, Rafael e Rosmarie
 Parte 1 = Pesquisa na Escola.