quinta-feira, 24 de outubro de 2013

INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS NA REDE REGULAR DE ENSINO




                                      Escola Severino Travi, Canela.


Conforme entrevista com a direção da instituição, constatamos que a Lei Federal de Inclusão está muito distante de ser efetivada na prática. Porém, a escola dentro de suas possibilidades, proporciona um ensino de qualidade e de valorização dos alunos, respeitando as diferenças e semelhanças de cada um.
Uma parte do material pedagógico é enviado pelo Governo  Federal e outra parte é adquirido através de parcerias e de verbas da própria escola.
A APASC- Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Canela- é um importante aliado na inclusão dos alunos, pois apoia financeiramente o Teatro e a Banda Escolar; além de promover cursos e palestras para professores , pais e comunidade em geral.
A Escola trabalha com alunos surdos desde 2007, porém apenas em 2012 a Prefeitura Municipal de Canela abriu Concurso Público para professores intérpretes e instrutores em Libras. Isso incentivou e melhorou o atendimento pedagógico aos alunos.
A escola passou por adaptações físicas para o atendimento de alunos surdos:
*sinais nas portas de todas as salas, refeitórios, bibliotecas, banheiros,etc, indicam aos alunos a linguagem de sinais.
* a merendeira recebe instruções para atender aos alunos na hora da merenda , bem como os demais professores que desconhecem os sinais básicos da língua de libras, viando melhorar o envolvimento dos alunos, professores e funcionários nas atividades propostas.
* para a troca de períodos (aulas), existe um sinal visual em cada sala, uma lâmpada que acende quando está no horário da troca de professores, intervalos, entrada ou saída da escola.

A inclusão de surdos requer uma proposta de mudanças de paradigmas educacionais, para que todos tenham o direito ao acesso a uma educação de qualidade, mas também requer uma mudança na maneira de pensar e agir de todos envolvidos.

Interessante assistir: A MOCHILA DOS SEGREDOS- (youtube)


Grupo: Máira, Rose e Rafael.

6 comentários:

  1. Que bom saber que a escola pesquisada criou estratégias para mediar relações de inclusão em seu espaço. Não basta ter a presença do intérprete ou algum professor querer a inclusão, é preciso que a comunidade escolar participe ativamente para que se consolide um espaço natural de inclusão.
    Chegaram a conversar sobre trajetória da escola pesquisada para chegar a esse patamar? Ela sempre trabalhou com inclusão?

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    1. Não, mas em 2007 tiveram acesso a escola alguns alunos de inclusão, então a escola precisou buscar auxílio, pois não sabiam como trabalhar. A partir da disposição dos professores em estudar e se aprimorar através de cursos para auxiliar os alunos na participação efetiva na sala de aula. Os professores foram aprendendo com os alunos e os alunos com os professores. Desde então, a escola tornou-se um Pólo, recebendo alunos de todos os bairros da cidade e inclusive de cidades vizinhas.

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  2. Quantos alunos surdos tem esta escola?

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  3. No dia em que fomos fazer a entrevista eram 9 alunos surdos, em níveis diferentes.

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  4. Boa tarde,
    Sou a tutora a distância de Libras – Rubia.
    Parabéns pela realização da pesquisa.
    Excelente a organização da escola para acolher os alunos surdos. As estratégias adotadas proporcionam um ambiente mais visual facilitando a interação dos alunos.
    Dentro deste panorama, vocês como futuros educadores, o que poderia ser feito para aprimorar ainda mais este espaço?
    Abraço

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  5. Esta é a escola da qual falei, é um orgulho para nós canelenses, sempre buscando a solução para situações das quais as crianças ficariam excluídas, mas com muita competência o trabalho desses profissionais é um exemplo.

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